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Incendeia-me | Tahereh Mafi #3

Bela Calli

Vocês provavelmente notaram minha ausência por esse mês. Acho que estive bem sobrecarregada com a mudança de faculdade e com os prazos de revisão. Mas cá estou eu novamente, trazendo a continuação dessa saga que conquistou meu coração.


Incendeia-me é o terceiro livro da série Estilhaça-me, da autora Tahereh Mafi, publicada no Brasil pela editora Universo dos Livros, em 2020. Dessa vez, cheia de ação e claro, um romance de virar o coração do avesso.


Pois é, meu shipp se realizou, pessoal!


Aliás, como essa é uma continuação... o aviso de spoilers não é necessário, certo?


Lembrando que se você ainda não leu as resenhas anteriores, recomendo fortemente que dê uma olhadinha antes de continuar! Aqui está a ordem certinha para te ajudar:


Pois vamos lá, então... que falei muito sobre esse livro!


Sinopse

Juliette Ferrars continua em sua saga de autodescorberta nesta eletrizante sequência da série Estilhaça-me


Todos aqueles com quem Juliette já se importou podem estar mortos. A guerra pode chegar ao fim antes de sequer ter começado. Ela é a única resistência no caminho do Restabelecimento e sabe que, para sair viva, o Restabelecimento não pode viver.


Todavia, para derrubar o sistema e o homem que quase a matou, Juliette precisará da ajuda justamente de uma pessoa em quem pensou que jamais poderia confiar. E, conforme a dupla trabalha junto para derrubar o inimigo, ela descobre que tudo o que pensou saber – sobre Warner, sobre suas habilidades e até mesmo sobre Adam – estava errado.


O que você encontrará neste terceiro livro?


  • Cenário distópico com mais ação!

  • Confronto e guerra!

  • Fim do triângulo amoroso e par definido!

  • Enemies to Lovers

  • Evolução de personagem épica!


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O que achei de Incendeia-me?



Incendeia-me série estilhaça-me tahereh mafi
Reprodução | Bela Calli

Incendeia-me é o terceiro livro da série Estilhaça-me, e definitivamente meu livro favorito até agora! Já adianto que este é um divisor de águas, importantíssimo para fechar o primeiro ciclo de Juliette como a menina indefesa para a grande mulher que se tornará até o final dessas páginas.


"Eu era uma covarde que precisava que outra pessoa me dissesse que eu valia alguma coisa antes de eu dar qualquer passo para me salvar. Não se trata de Adam nem de Warner. Trata-se de enfim entender onde quero estar daqui a dez anos. Porque eu vou estar viva, Kenji. Vou estar viva daqui a dez anos e vou ser feliz. Vou ser forte. E não preciso de mais ninguém para me dizer isso. Eu sou suficiente e sempre vou ser."


Assim como já havia notado na obra anterior, a narrativa está bem mais objetiva e quase não há frases riscadas. E é essa mudança na narrativa sob a perspectiva da nossa protagonista que mostra sua evolução, como se tornou mais forte e confiante. Juliette não é mais a garota frágil que sentia falta de calor humano. Não estava mais trancada numa cela ou na própria mente, com medo dos próprios pensamentos. Aqui, o foco não é mais sobre seus dilemas, ou o triângulo amoroso. Ela finalmente perdeu o medo de conhecer a si mesma e o próprio poder. Ela finalmente se aceitou.


Mais uma vez, o estilo versátil da autora me surpreendeu. Incendeia-me é um livro muito mais sobre ações do que, de fato, pensamentos — o que é curioso, pois nas duas obras anteriores, a introspecção era um elemento muito marcante e presente na escrita de Tahereh Mafi. Então tinha minhas dúvidas sobre como seria o confronto esperado numa distopia, mas fui surpreendida positivamente quando o momento finalmente chegou.


"Durante muitos anos eu achei que minha vida fosse difícil; eu pensei que entendesse o que significava sofrer. Mas isso. Isso é algo que eu não consigo nem começar a compreender. Nunca parei para pensar que outra pessoa pudesse ter uma situação pior que a minha.

Faz com que eu tenha vergonha de ter sentido tanta pena de mim mesma."


O ritmo se torna mais rápido quando o embate se torna inevitável. Nesse momento, compreendemos porquê a autora tomou seu tempo para trabalhar com os conflitos internos da protagonista, afinal, ela é peça-chave para a queda do Reestabelecimento — assim como os amigos que fez até aquele momento.


Devo dizer que um dos pontos que mais gostei foi de como Warner se juntou com os sobreviventes do Ponto Ômega para mudar o mundo e claro, salvar a própria pele, afinal, ou eles pegavam as armas e se vestiam com a coragem... ou viviam para sempre em condições desumanas, temendo um vacilo que os levaria à morte. Não restava muitas opções. E felizmente, Juliette tomou sua decisão sem nem titubear. Confesso que senti um certo orgulho nesse momento... o que também, em contrapartida, me gerou um certo desgosto com relação ao Adam.


Tudo bem, entendo que Adam temia pela própria vida e principalmente pela segurança do irmão, mas não restavam muitas opções. Claro que ele compreende isso — e não demora muito, graças ao ritmo mais rápido do livro. Ele é um soldado, sabe as consequências da guerra. O problema é que a personalidade dele foi de "sem graça" para "extremamente irritante" tão rápido que revirava os olhos sempre que ele se tornava foco da narrativa.


Mais do que isso, em "Fragmenta-me", o segundo conto que relata alguns acontecimentos e lacunas sob a perspectiva de Adam, fica evidente que o amor dele pela Juliette não chega ser nem sequer uma fagulha do que Warner sente por ela. E nesse livro, nós percebemos que de fato Adam não é a pessoa certa para ela.


Kenji mais uma vez merece uma estrelinha de destaque. É o personagem mais divertido, e que certamente arranca muitas risadas com seu jeito descontraído e cativante, especialmente quando está interagindo com Warner. Outros personagens secundários também trouxeram um quentinho no coração, como o James que recebe momentos de interação bem fofas com o Warner.


Na verdade, é engraçadinho como todos vão perdendo o medo do infame Comandante do Setor 45 e se surpreendem com a forma amorosa que ele trata a protagonista, como se pudesse transformar o mundo se assim ela desejasse — e de fato, ele faz.


Sobre Warner e Juliette, só tenho a dizer que estou feliz e realizada. Eu shippei desde o primeiro livro, então imagine minha satisfação quando eles finalmente ficaram juntos! Ok, talvez esse seja um dos maiores motivos pelos quais "Incendeia-me" se tornou o meu livro favorito da saga, mas não é apenas pelo desenvolvimento amoroso! Aqui, Juliette finalmente descobre que a sua percepção sobre Warner e aquilo que tomara por certo no primeiro livro não era verdade absoluta — o que sempre gosto de ressaltar quando a narrativa é feita pelos personagens.


"— Eu te amo — ele fala.

Meu coração já não cabe em meu peito.

— Tudo parece tão diferente para mim agora. — ele diz. — A sensação é diferente. O sabor é diferente. Você me trouxe de volta à vida,"


Preciso confessar também que adoro histórias que envolvem mal-entendidos e equívocos, desde que não ocorram com excessos. A autora sempre soube dosar muito bem os elementos nos seus textos, e isso é algo que ela administrou com maestria. Eu tinha minhas suspeitas de que Warner não era o monstro pintado por Juliette lá em Estilhaça-me, e vê-la entender isso trouxe uma baita satisfação.


Mas acho que o melhor de tudo é que Juliette não quer transformar Warner num príncipe de armadura branca montado num cavalo branco, como Adam era pintado no início; ela se apaixonou por Warner compreendendo os defeitos dele e acreditando que ele poderia se tornar a melhor versão de si mesmo... assim como Warner acreditava no potencial de nossa protagonista, ela acreditou nele.


O climax do livro causou um grande entusiasmo, especialmente porque vemos uma Juliette mais confiante, madura e poderosa, tomando a frente por seus amigos, pelo mundo. Ver uma evolução tão grande na protagonista que tinha medo de confessar os próprios pensamentos é maravilhoso e, de certo modo, motivador, afinal, ainda faltam alguns livros para finalizar a saga.


"Fico chocada ao pensar no quanto mudei nos últimos meses. Sinto-me uma pessoa totalmente diferente. Mais esperta, de alguma forma. Mais endurecida, com certeza. E, pela primeira vez na vida, disposta a admitir que estou brava. É libertador."


Mas nem tudo são flores. O confronto final, na minha opinião, foi resolvido muito rápido. Talvez a intenção da autora fosse justamente evidenciar o quão forte a Juliette é, mas a sensação que me passou foi que o vilão era, na verdade, fraquinho. Acho que alguns parágrafos a mais nessa interação final resolveria... acrescentar um pouquinho mais de drama, talvez? Bem, de qualquer forma, esse livro continua sendo meu favorito.


Incendeia-me foi aquele gás necessário para continuar uma saga tão grande como Estilhaça-me, especialmente porque pudemos presenciar uma evolução tão clara dos personagens — sendo que alguns não foram para melhor. Um livro extremamente necessário e muito significativo, provavelmente um ponto de partida para uma nova era que sim, estou muito ansiosa para desvendar.


"— Sou Juliette Ferrars e vou liderar esta nação. Desafio qualquer um que se oponha a mim."



Se interessou por Incendeia-me da Tahereh Mafi?


E se tiver interesse nos dois contos, Destrua-me #1.5 e Fragmenta-me #2.5, você terá que comprar o exemplar de "Unifica-me" separado. Será que vale a pena? Dá uma olhadinha na resenha e venha decidir.


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Graduanda em Letras de Língua Portuguesa e Inglesa, escritora, revisora e leitora assídua, criei meu Instagram Literário em fevereiro de 2022 para compartilhar meus surtos e experiências literárias. Decidida a trabalhar com o que mais gosta, criei também este blog para profissionalizar ainda mais as resenhas e trazer visibilidade para a literatura nacional! ♥

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